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D. Yayá |
Sebastiana de Mello Freire, mais conhecida como D. Yayá era proprietária de mais de 20 bens na capital e em Mogi das Cruzes (SP). A história da mulher que, no início do século XX, optou por ficar solteira ainda guarda mistérios e boatos.
Yayá sofreu perdas desde muito nova. Em 1900, morrem seus pais com apenas dois dias de diferença e de causas distintas. Na época, ela tinha 14 anos e seu único irmão vivo – os outros três haviam falecido ainda crianças – tinha 18. Quatro anos mais tarde, o irmão sumiu em uma viagem de navio a Buenos Aires e ela se tornou a única herdeira da rica família paulistana.
Um tempo depois começou a apresentar os primeiros sinais de desequilíbrio emocional em 1918, redigindo um testamento a lápis e doando suas jóias, pois achava que iria morrer. No ano seguinte, tentou suicídio e foi internada em um instituto psiquiátrico. Mudou-se para a Major Diogo em 1920, após algumas adaptações na casa para não comprometer a segurança da moradora, com troca de pisos e janelas – reforma planejada pelo psiquiatra Juliano Moreira e paga com o dinheiro de Yayá.
O contato de Yayá com o mundo externo se resumia ao solário, que ia da parte interna até o jardim e tinha vidros que não permitiam sua saída do imóvel. Em seu quarto, havia uma pequena abertura por onde passava sua comida e que foi mantida na restauração de Regina Tirello após a migração do CPC.
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Casa Da D. Yayá recentemente |
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